Durante a sessão de julgamento do processo de cassação do vereador Mauricinho Soares, do MDB, nesta segunda-feira (11), os advogados do parlamentar surpreenderam ao apresentar um pedido de renúncia do mandato.
A manifestação dos advogados de defesa adicionou mais tumulto ao ambiente, marcando o início conturbado da sessão.
Operação Profusão
Mauricinho Soares e outras oito pessoas foram enquadrados como réus em uma ação penal relacionada a um esquema de corrupção no Detran de Joinville.
As acusações incluem violação de sigilo funcional, inserção de dados falsos em sistemas de informações, falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, advocacia administrativa e associação criminosa.
Além do vereador, o processo envolve três ex-servidores públicos contratados pelo Detran, uma servidora ainda em atividade, um despachante, um advogado e dois particulares que atuavam como intermediários ou beneficiários dos atos ilícitos.
Segundo o delegado Pedro Alves, da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Decor), o suposto esquema operava para limpar as carteiras de habilitação de motoristas de diversos municípios de Santa Catarina e até de outros estados, permitindo que zerarem as multas de forma irregular em Joinville.