quarta-feira,

19/03/2025

Joinville/SC

Nove pessoas morrem eletrocutados em acampamento de posseiros do MST

Uma tragédia ocorreu no norte do Brasil, resultando na morte de nove pessoas em um acampamento.

Os trabalhadores que estavam instalando uma antena de internet acidentalmente entraram em contato com uma linha de alta tensão, resultando em choques elétricos fatais para três funcionários e seis residentes, de acordo com autoridades no domingo.

O incidente, que ocorreu no sábado, desencadeou um grande incêndio no acampamento organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) nas proximidades de Parauapebas.

O fogo consumiu uma sequência de barracos ocupados por posseiros, disse o corpo de bombeiros do estado do Pará.

“Os lares e barracos estão muito próximos uns dos outros, construídos com materiais altamente inflamáveis, como madeira, telhados de palha e alguns até isolados com palha. Isso alimentou o incêndio”, explicou Charles Catuaba, comandante local do corpo de bombeiros, à AFP.

As autoridades ainda estão em processo de identificação dos restos mortais carbonizados de duas das vítimas, informou Catuaba.

O MST, fundado em 1984, é um movimento social e político que luta pelo acesso à terra para os menos favorecidos em um Brasil marcado pela desigualdade. Suas ocupações de terras têm sido altamente controversas, com críticos acusando o movimento de adotar posturas radicais.

O acampamento nos arredores de Parauapebas, conhecido como “Terra e Liberdade”, abrigava cerca de 2 mil famílias, conforme relatado pelo MST.

O líder do MST, João Paulo Rodrigues, expressou que a tragédia foi resultado de uma sociedade que falhou em oferecer a essas famílias uma oportunidade de viver de forma digna, em um comunicado.

O presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, cujo Partido dos Trabalhadores (PT) é um aliado histórico do MST, enviou seu ministro do Desenvolvimento Rural e o chefe da agência nacional de reforma agrária, Incra, ao Pará para “oferecer total apoio do governo federal às famílias das vítimas desta tragédia”, conforme declarou seu gabinete em comunicado.

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