Uma pesquisa conduzida pela Associação Médica Brasileira e Associação Paulista de Medicina revelou um cenário preocupante: seis em cada dez mulheres médicas afirmaram enfrentar situações de assédio, seja moral ou sexual, no ambiente de trabalho.
Além disso, cerca de 70% delas relataram terem sido alvo de preconceito enquanto exerciam sua profissão.
Os resultados alarmantes continuam: entre as médicas que denunciaram tais situações, apenas 11% viram resultados efetivos em suas queixas quando as apresentaram a seus superiores.
Pouco mais de 10% decidiram levar suas denúncias às autoridades policiais ou ao Judiciário, mas somente 5% delas testemunharam uma investigação ou a punição dos responsáveis.
Maria Rita Mesquita, médica e membro da Associação Médica Brasileira, uma das coordenadoras do estudo, ressaltou que as mulheres médicas enfrentam inúmeras barreiras em suas vidas profissionais.
Questões como excesso de trabalho, dupla jornada, remuneração inadequada, más condições de trabalho e desrespeito são desafios constantes.
Ela enfatizou a importância de dar voz a essas mulheres e criar espaços para discussões e ações que promovam mudanças.
A pesquisa, conduzida por meio de uma plataforma online, envolveu mais de 1,4 mil médicas em todo o país, e sua margem de erro é de 3 pontos percentuais.