quarta-feira,

04/12/2024

Joinville/SC

Jornalista é condenada por reportagem sobre caso de humilhação em audiência judicial

A juíza Andrea Cristina Rodrigues Studer, da 5ª Vara Criminal de Florianópolis, condenou a jornalista Schirlei Alves a um ano de prisão em regime aberto, além do pagamento de multa no valor de R$ 400 mil.
NO VÍDEO - O advogado Rosa Filho (1), o promotor Thiago Carriço de Oliveira (2), a vítima (3), o juiz Rudson Marcos (4) e o defensor público Tauser Ximenes Farias (5)
A autora da matéria veiculada no The Intercept Brasil, que expôs o vídeo no qual a influenciadora Mari Ferrer foi humilhada por um promotor durante uma audiência na qual ela acusava um empresário de estupro, foi sentenciada a seis meses de detenção em regime aberto, além de multa
Ela também foi condenada a pagar 200 mil reais ao promotor e à mesma quantia ao juiz Rudson Marcos, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a título de reparação individual.
A defesa pretende entrar com recurso.
A Associação Catarinense de Imprensa emitiu uma nota de repúdio
Após a decisão, a Associação Catarinense de Imprensa (ACI),  expressou sua indignação e revolta diante da decisão judicial da juíza Andrea Cristina Rodrigues Studer, da 5ª Vara Criminal de Florianópolis.
Essa decisão condenou a jornalista Schirlei Alves por calúnia e difamação, causando preocupação pela restrição à liberdade de imprensa.

O motivo da condenação foi a divulgação, pela jornalista, da humilhação vivenciada por Mariana Ferrer durante uma audiência, por parte do advogado de defesa do acusado de estupro.

O vídeo registrado dessa situação foi utilizado como prova para a punição, porém de forma menos severa, do próprio juiz, recentemente.

A reportagem, amplamente divulgada pelo Intercept Brasil, trouxe à tona a expressão “estupro culposo” para explicar de modo simplificado as razões pelas quais o Ministério Público rejeitou a acusação de estupro.

No entanto, essa exposição resultou em perseguições profissionais e pessoais contra Schirlei, afetando sua carreira e vida pessoal.

A ACI solidariza-se com a jornalista, comprometendo-se a utilizar sua estrutura e rede de apoio para buscar reverter essa decisão judicial, vista como uma séria ameaça à liberdade de imprensa.

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