O gol anulado do Barra na partida contra o Caravaggio, válida pela 11ª rodada do Campeonato Catarinense, continua repercutindo fora dos campos.
Na tarde desta segunda-feira, 24 de fevereiro, o diretor de arbitragem da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Kleber Lúcio Gil, concedeu uma entrevista coletiva para comentar o episódio e confirmou um erro de procedimento gestual do árbitro Bráulio da Silva Machado.
De acordo com a explicação de Gil, a Regra 5 de Arbitragem afirma que, uma vez que o árbitro tenha reiniciado o jogo, sinalizado o fim de um tempo ou suspenso o jogo, ele não poderá mudar sua decisão, mesmo que perceba que cometeu um erro ou receba informações de outro membro da equipe de arbitragem.
No entanto, o diretor ressaltou que, caso o árbitro saia do campo para revisar uma decisão ou oriente os jogadores a retornarem ao campo, é possível alterar uma decisão feita antes do fim do tempo de jogo.
Embora o árbitro tenha tomado a decisão certa, de acordo com a regra, Gil destacou que o erro estava no procedimento gestual. “A orientação é sempre dar a maior clareza possível. Neste caso, tivemos um erro gestual.
As equipes sabiam da decisão, mas quem estava fora do campo, como a torcida e a imprensa, não”, comentou o diretor.
Ele ainda acrescentou que o árbitro poderia ter aguardado o atendimento ao goleiro do Caravaggio antes de tomar a decisão e ter sido mais claro ao sinalizar a falta.
Gil também apontou erros de procedimento gestual por parte dos assistentes.
“Foi um procedimento equivocado. Eles deveriam ter permanecido em posição até que o árbitro tomasse a decisão”, explicou.
Súmula
Sobre a ausência de descrição do ocorrido na súmula, o diretor de arbitragem explicou que, por se tratar de uma decisão de campo, o árbitro não mencionou o episódio.
“Ele poderia ter feito uma observação no final e tornado tudo mais claro”, disse Gil.
Impunação da Partida
Na manhã desta segunda-feira, o Barra informou que irá entrar com um pedido de impugnação da partida contra o Caravaggio na Justiça Desportiva de Santa Catarina.
Em nota, o clube informou que sua diretora jurídica, Dra. Keila Pereira, protocolará a medida jurídica cabível e que um corpo de advogados formado pelos Drs. Michel Asseff, Eduardo Luz e Luciano Ramos de Fávere foi contratado para representar o clube nos Tribunais Desportivos.
Gil, por sua vez, afirmou que essa questão é de competência jurídica. “Cabe ao setor jurídico e aos Tribunais Desportivos decidirem se a regra do jogo foi ferida”, destacou.
Punição para Árbitros
Kleber Lúcio Gil também se pronunciou sobre a punição para os árbitros. Segundo ele, a Federação Catarinense de Futebol escala os árbitros com base no mérito.
“A punição é a não escalação para os jogos. Vamos prestigiar os árbitros que têm uma sequência de bom desempenho”, concluiu.