Nesta quarta-feira, dia 13, nos despedimos de José Eli Francisco, radialista e pioneiro na fundação do Sindicato dos Radialistas Profissionais de Joinville e região.
Nascido em 2 de abril de 1944, na localidade de Rio Pequeno, município de Camboriú, Santa Catarina, mudou-se para Joinville com dois anos de idade.
Seu início na carreira foi aos 14 anos, no Jornal ‘A Notícia’, em 4 de março de 1959, antes de migrar para o rádio.
Foi no programa ‘Show das Dez’ que se destacou como comunicador, ganhando reconhecimento nacional com o ‘Troféu Manoel de Nóbrega’ em 1976.
Além de sua trajetória profissional, dedicou-se ativamente a atividades sociais. Co-fundou o Sindicato dos Radialistas Profissionais e Empregados em Radiodifusão e Televisão da Região Norte/Nordeste de Santa Catarina em 1989 e ocupou o cargo de diretor de Educação da FENARTE, em Brasília.
Seu amor pela cidade o levou a incentivar o plantio de Ipês-amarelos, distribuindo mais de 50 mil mudas em campanhas com entidades sociais, escolas e câmaras junior.
Foi um entusiasta em popularizar o Hino de Joinville, contribuindo para seu reconhecimento. Sua sensibilidade o levou a descobrir e apoiar Mãe Abigail, conhecida nacionalmente por adotar mais de 50 crianças rejeitadas pela sociedade. Lançou campanhas para construir o lar de Mãe Abigail.
Seu esforço uniu comunicadores para salvar o Hospital Bethesda de Pirabeiraba e foi peça fundamental na ‘Festa da Solidariedade’ da AJOS.
Apoiou poetas locais e colaborou em obras literárias, como os livros ‘Show das Dez’ I e II. Contribuiu como historiador no livro ‘História do Rádio em Santa Catarina’, em parceria com os jornalistas Ricardo Medeiros e Lúcia Helena Vieira.
Criou o ‘Troféu Ipê Amarelo’ para homenagear pessoas atuantes no campo social, participou da criação do Museu da Imagem e do Som em Joinville e doou parte de seu arquivo pessoal.
O Sindicato mantinha uma sala no Centro de Eventos Cau Hansen com registros de profissionais da comunicação.
Construiu uma recreativa exclusiva para radialistas, mas aberta a colegas de todas as áreas da comunicação. Por anos, apresentou um programa na TV da Cidade, resgatando a cultura local, além de colaborar com o Instituto Caros Ouvintes.