terça-feira,

01/07/2025

Joinville/SC

Ex-moradora de Joinville enganou ministra do STJ e está no centro de megaoperação da Polícia Federal

A prisão de Adriana Maria de Oliveira Furtado, de 55 anos, em 2022, no interior da Paraíba, foi o ponto de partida de uma das maiores investigações da Polícia Federal dos últimos anos.

Ex-moradora de Joinville (SC), Adriana é apontada como uma das maiores estelionatárias do Brasil, com um histórico que inclui sete CPFs, mais de 50 processos por fraude e uma rede criminosa com ramificações em todo o país.

Segundo a PF, Adriana foi detida em flagrante ao tentar aplicar um golpe em uma agência bancária.

Durante a abordagem, chamou a atenção o patrimônio milionário acumulado pela suspeita, totalmente incompatível com qualquer atividade legal.

A partir de sua prisão, foi deflagrada uma investigação que revelou esquemas de estelionato, fraudes bancárias, tráfico de drogas, furtos a caixas eletrônicos e lavagem de dinheiro.

Histórico de prisões e atuação interestadual

Adriana já havia sido presa anteriormente. Em 2018, foi localizada em Natal (RN) por agentes da Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deicor).

Na ocasião, foi flagrada em um posto de combustível portando quase 50 cartões bancários, dezenas de comprovantes de depósito, talões de cheque e documentos falsos.

Estava acompanhada de um homem que se apresentou como seu marido.

Quatro anos depois, em 2022, ela foi novamente presa, desta vez em Campina Grande (PB), ao tentar aplicar mais um golpe dentro de uma cooperativa de crédito.

A Polícia Civil já havia recebido informações sobre a tentativa de fraude.

A terceira prisão aconteceu em 2024, no Maranhão.

Adriana foi abordada na BR-316, em Nova Olinda, pela Polícia Rodoviária Federal.

Contra ela havia um mandado de prisão em aberto por estelionato, além de registros de envolvimento em crimes no estado de Alagoas.

Na ocasião, foram apreendidos 13 cartões bancários e outros documentos falsos.

Rede criminosa movimentou mais de R$ 210 milhões

De acordo com o delegado Jean Rodrigo Helfenstein, a prisão de Adriana permitiu o rastreamento do seu patrimônio, revelando o envolvimento com empresas de fachada nos ramos da construção civil e de transporte.

O grupo criminoso também utilizava criptoativos e investia em imóveis de luxo e veículos importados.

— A partir desse momento, a polícia fez o levantamento patrimonial dela e verificou que possuía um padrão muito acima do normal para a classe dela — afirmou o delegado.

As investigações apontam que a rede criminosa movimentou mais de R$ 210 milhões nos últimos anos.

Atualmente, Adriana Furtado está detida na Penitenciária Feminina de São Luís (MA), enquanto a Polícia Federal continua as investigações para identificar todos os envolvidos no esquema.

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