A farmacêutica AstraZeneca deu início ao processo global de retirada de sua vacina contra a Covid-19 de circulação. No Brasil, o imunizante é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e foi aplicado pela primeira vez em fevereiro de 2022.
Essa decisão surge após meses de debate sobre os potenciais efeitos colaterais do imunizante, com destaque para a síndrome da trombose com trombocitopenia (STT), uma condição rara e perigosa.
Documentos legais revelam que a AstraZeneca admitiu a possibilidade de sua vacina estar ligada à STT.
A empresa justifica a retirada do produto do mercado como uma medida comercial, atribuindo a obsolescência da vacina às novas variantes que surgiram ao longo do tempo.
A STT é uma condição extremamente rara, caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos associada à baixa contagem de plaquetas, podendo levar a coágulos potencialmente fatais.
Agora, a AstraZeneca enfrenta uma ação coletiva movida por 51 famílias, em busca de indenizações que podem alcançar até 100 milhões de libras, o equivalente a cerca de 650 milhões de reais.
Essas famílias relataram à Justiça casos de mortes ou ferimentos graves associados à vacina. No entanto, a empresa argumenta que a STT pode ter outras causas mais prováveis.