Segundo a Secretaria de Infraestrutura Urbana da Prefeitura, responsável pelo acompanhamento da Ponte Joinville, a obra ultrapassou os 30% de execução, com a construção das fundações, início da implantação da rampa de acesso e construção das vigas que são produzidas em dois pátios montados especificamente para a produção de peças que vão ser usadas na estrutura da ponte.
Antes de construir a ponte, é necessário montar o que na prática é o caminho que será percorrido com os materiais para executar a estrutura da ponte.
Esse caminho é feito com o uso do cantitravel.
A linha de pilar, que é um termo usado pela engenharia, se refere ao conjunto de peças que darão sustentação para a implantação dos pilares da ponte, por exemplo.
“No Boa Vista, o cantitravel chegou na linha de pilares número 9, que significa que está na margem do Rio Cachoeira. Já estamos com três estacas cravadas e executando mais escavação em solo e rocha. A base da grua que vai dar suporte aos balanços sucessivos também está concretada e a próxima fase é a montagem dessa grua”, explica Paulo Castro, diretor-executivo da Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra).
Em relação às obras no lado do bairro Adhemar Garcia, o cantitravel encontra-se na linha de pilares 11, ou seja, a 40 metros da margem do Rio Cachoeira.
Também estão sendo cravadas as camisas provisórias para avançar até a linha 10 de pilares, que fica na margem do rio.
“Com o avanço dessa etapa de fundação, que é mais complexa, a tendência é que as obras avancem com mais rapidez. É nessa etapa que ocorrem as maiores imprevisibilidades dentro de uma obra, mas de acordo com as nossas previsões, tudo está dentro da margem aceitável de variação”, completa Paulo Castro.
A técnica do cantitravel, além de facilitar a implantação das estacas que formam o eixo da ponte, também permitiu chegar ao Rio Cachoeira preservando a vegetação existente, visto que a estrutura avança sobre a mata.
Com isso, o impacto no ecossistema foi mínimo.
Cada margem da obra conta com um cantitravel, que chega a pesar 350 toneladas.
A plataforma mede 12 por 15 metros.
Em cima da plataforma, é colocado um guindaste de 160 toneladas, além de um grupo gerador, compressores, martelos de cravação das camisas metálicas, um escritório com container e banheiros químicos, iluminação e máquina de solda.
Fabricação das vigas
Enquanto as obras de fundação da Ponte Joinville avançam, outro importante trabalho é executado com a construção das vigas de concreto que irão formar a estrutura da ponte.
A construção e o armazenamento das vigas ocorrem em dois pátios de fabricação, sendo um instalado no Adhemar Garcia e outro no bairro Comasa.
Posteriormente, essas estruturas serão transportadas para os canteiros de obras da Ponte Joinville.
Conforme o projeto, 127 vigas serão utilizadas para compor a Ponte Joinville.
No pátio do Adhemar Garcia, desde o início de junho, foram construídas 14 vigas.
O pátio do bairro Comasa deve começar a produzir as vigas nas próximas semanas.
Em média, uma viga leva três dias para ser fabricada.
Cada uma delas pesa aproximadamente 75 toneladas, possui 40 metros de comprimento e dois metros de altura.
Para a sua fabricação, são necessários 32 metros cúbicos de concreto e 5 toneladas de aço.
