segunda-feira,

25/08/2025

Joinville/SC

Transportadora de Joinville entra em recuperação judicial para renegociar dívidas de R$ 15 milhões

Foto: Reprodução / NSC Total

A Transportadora Mann, tradicional empresa de Joinville fundada em 1985, deu entrada em um pedido de recuperação judicial para tentar reorganizar seu passivo de aproximadamente R$ 15 milhões.

Mais da metade desse montante, cerca de R$ 8,8 milhões, é referente a ações trabalhistas.

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O pedido foi deferido no dia 8 de agosto pelo juiz Uziel Nunes de Oliveira, da Vara Regional de Falências e Recuperações de Jaraguá do Sul.

A partir da decisão, a companhia tem 60 dias para apresentar um plano de reestruturação.

De acordo com o processo, todas as filiais da Mann estão paralisadas, restando apenas a matriz, em Joinville, em funcionamento.

Os representantes legais afirmam que a transportadora, que já foi referência no setor rodoviário, enfrenta hoje dificuldades que comprometem sua continuidade.

Custos elevados e margens apertadas

Na petição, a defesa destacou que o aumento no preço do diesel, principal insumo do transporte rodoviário, reduziu drasticamente as margens de lucro.

Além disso, o peso das ações trabalhistas e encargos trabalhistas agravou ainda mais a situação financeira.

Atualmente, a empresa mantém cerca de 70 funcionários diretos e trabalha também com distribuidores terceirizados.

Em 2024, registrou receita bruta de R$ 66,7 milhões, mas fechou o ano com prejuízo líquido de R$ 3,1 milhões.

Trajetória e crise

Fundada por Hilário Hahnemann, a Mann chegou a operar com 40 filiais em todo o Brasil, atendendo grandes indústrias dos setores metalmecânico, têxtil e de bens de consumo

Hoje, restam apenas 18 unidades distribuídas em diversos estados, entre eles Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Minas Gerais.

Para os advogados da companhia, a recuperação judicial é a única alternativa viável no momento.

“A medida não é uma escolha, mas sim uma necessidade para preservar empregos e buscar uma solução coletiva e transparente diante do passivo existente”, argumentaram.

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