Luana Lopes Lara, que começou sua trajetória como bailarina na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, agora entra para o seleto grupo de bilionários. Aos 29 anos, ela se tornou, segundo a Forbes, a mulher mais jovem do mundo a construir sua própria fortuna sozinha. O marco foi alcançado depois que a startup Kalshi — cofundada por Luana — teve seu valor estimado em US$ 11 bilhões após uma rodada de investimentos de US$ 1 bilhão.
Uma “bolsa” que negocia o futuro
Fundada em 2018 por Luana e o sócio Tarek Mansour, também de 29 anos, a Kalshi funciona de forma diferente das bolsas tradicionais: ela permite que investidores comprem e vendam contratos baseados em eventos futuros — como eleições, índices econômicos, esportes ou cultura pop. Cada contrato paga US$ 1 se o evento ocorrer, ou zero se não ocorrer, e o preço reflete a probabilidade estimada do mercado sobre o desfecho.
A ideia surgiu da experiência de Luana e Mansour em instituições financeiras como Goldman Sachs, Bridgewater Associates e Citadel: eles perceberam que muitas operações financeiras não passam de apostas sobre o futuro, mas estruturadas de forma complexa e cara. Por que não negociar diretamente o acontecimento do evento?
Em 2020, a Kalshi recebeu aprovação histórica da CFTC (Comissão de Negociação de Futuros dos EUA), tornando-se a primeira bolsa oficial no país focada em “mercados de eventos”.
Da dança ao MIT e à liderança em tecnologia
Após o balé, Luana se dedicou à ciência da computação no MIT, onde conheceu Tarek Mansour, seu futuro sócio. A experiência em grandes instituições financeiras nos EUA ajudou a moldar a visão por trás da Kalshi. Sua trajetória impressiona por unir disciplina artística, rigor acadêmico e espírito empreendedor, culminando na conquista de uma fortuna bilionária.
