O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou nesta terça-feira (17) a retomada da gestão do Porto de Itajaí, decisão que gerou fortes reações tanto do governo de Santa Catarina quanto de lideranças políticas do estado.
O governador Jorginho Mello expressou sua indignação com a medida e confirmou que recorrerá da decisão.
Em um vídeo publicado nas suas redes sociais, ele afirmou: “Santa Catarina não merece essa sacanagem. O povo de Itajaí não aceita isso!”.
O governador criticou a transferência da autoridade portuária para a Companhia Docas de São Paulo (Codesp), sucessora da antiga Companhia Docas de Santos, e destacou que a assinatura foi feita por um advogado de Itajaí, mas que ficará subordinado à Codesp.
Para Mello, a decisão é uma vergonha para o estado.
O deputado Sargento Lima (PL) afirmou que “nunca Santa Catarina foi tão atacada na história como está sendo agora, pelo governo Lulopetista, que pretende federalizar o Porto de Itajaí”.
Ele usou a tribuna da Assembleia Legislativa para mostrar números do que o porto representa e resultados do governo Lula em outras áreas.
O senador Esperidião Amin (PP-SC) também se posicionou contra a medida.
Em pronunciamento feito nesta terça-feira, ele criticou a decisão do governo federal e defendeu a prorrogação do controle do Porto de Itajaí para o município.
Amin também lamentou a transferência da administração provisória para a Codesp.
A retomada da gestão do porto ocorre após a suspensão das atividades em 2022, motivada por planos de privatização que não foram concluídos.
Agora, a administração será conduzida pela Autoridade Portuária de Santos (APS).
A decisão está sendo vista como um golpe para o município de Itajaí, que historicamente tem controlado o porto e sido vital para a economia catarinense.
A polêmica continua, e a transferência de gestão promete ser um tema central nos próximos dias, com o governo estadual buscando reverter a decisão.
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