quarta-feira,

05/02/2025

Joinville/SC

Revogação do monitoramento do Pix: o que muda para o consumidor?

Após a circulação de diversas notícias falsas, o governo decidiu anular o ato que propunha alterações no monitoramento de transações realizadas via Pix.

Paralelamente, foi assinada uma Medida Provisória (MP) que reafirma os princípios de gratuidade e sigilo bancário associados ao serviço.

Nos últimos dias, as mudanças sugeridas pela Receita Federal para a fiscalização de operações financeiras geraram ampla repercussão.

Embora não impactassem diretamente os usuários finais, essas mudanças exigiriam que instituições financeiras, operadoras de cartões, plataformas de pagamento e grandes varejistas com programas de crédito compartilhassem informações adicionais com o Fisco.

Entretanto, na última quarta-feira (15), a Receita Federal comunicou a revogação da medida, justificando a decisão pelo impacto causado pela disseminação de informações equivocadas.

Conforme declarou Robinson Barreirinhas, secretário da Receita, “pessoas inescrupulosas distorceram o ato normativo, gerando pânico, sobretudo entre os mais vulneráveis.”

O que muda para o Pix?

Com a revogação, não haverá modificações nos valores que já são monitorados nem nas obrigações das instituições financeiras, que continuam restritas a bancos e cooperativas de crédito.

Essas entidades já reportam movimentações superiores a R$ 2 mil por mês no caso de pessoas físicas e R$ 6 mil no caso de empresas.

A medida revogada previa monitorar:

  • Movimentações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas;
  • Transações superiores a R$ 15 mil para empresas.

Por ora, as mudanças não serão aplicadas, e o Pix continuará funcionando sem alterações.

O Pix será taxado?

Não. O serviço segue gratuito e sem custos para as transações instantâneas realizadas.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) reforçou que o Pix se consolidou como o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros nos últimos anos e que suas regras permanecem inalteradas.

Em coletiva no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou que a nova MP busca reafirmar o compromisso com a gratuidade e o sigilo bancário, reforçando a confiança dos usuários no Pix.

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