Na sessão desta segunda-feira (25), foram apresentados os mais de 20 volumes de documentos apostilados que compõem a prestação de contas do Hospital Municipal São José.
Ao todo, são mais de 5 mil páginas detalhando os gastos e investimentos realizados pela unidade durante o mês de dezembro.
Essa prestação de contas é uma exigência do Governo do Estado para liberar o pagamento de R$ 4 milhões referentes a parte da folha de pagamento do HMSJ, assumida no ano passado durante o aniversário de Joinville pelo governador Jorginho Mello (PL).
No entanto, até o momento, o governo de Santa Catarina não repassou nenhum valor aos cofres do município, que continua atendendo não só a Joinville, mas também outras cidades da região.
“Estamos fazendo a nossa parte. Aqui está uma prestação de contas referente a um mês.
Todos os meses, os servidores se empenham em realizar esse trabalho. No entanto, a cidade ainda não foi contemplada”, esclareceu o líder do Governo na Câmara, Neto Petters (NOVO).
O Presidente da Câmara de Vereadores de Joinville, Diego Machado (PSD), explicou que, no ano passado, 17 vereadores, deputados estaduais, prefeito de Joinville e secretários municipais estiveram com o Governador Jorginho Mello em Florianópolis para uma reunião.
Na ocasião, o Chefe do Executivo Estadual afirmou que o governo de SC iria pagar 20% da folha do Hospital São José. No entanto,
Machado destacou um obstáculo que pode estar impedindo o cumprimento desse acordo.
“Creio que seja necessário irmos novamente ao Governador e explicar a ele que isso não está ocorrendo.
Ao mesmo tempo, creio que o governador não sabe que existe um decreto que impede o próprio Governo de Santa Catarina de repassar valores ao Hospital São José, para pagamento da folha dos servidores.
Se o decreto é Estadual, deve ser derrubado pelo Governador do Estado para se cumprir o que foi acordado no passado”, ressaltou.
Diego ainda expressou sua preocupação com a extensão da prestação de contas necessária para que o valor seja destinado ao município.
“Imagine um município menor. Se não tem servidores para fazer este trabalho, fica sem receber?
Acho que é importante levarmos novamente esses pedidos ao Governador para saber o que vai ser feito”, concluiu.