A Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sama), entregou nesta quinta-feira (21/12) a Capela Mortuária do bairro Paranaguamirim.
A capela tem uma área de 217 m², dois espaços para velório, cada um deles com copa, área de serviço e dois sanitários.
A obra teve um investimento de R$ 727.005,05, com recursos da Prefeitura.
“Tenho certeza que a comunidade vai ter muito mais dignidade em momentos tão difíceis em suas famílias. Quando assumimos, não havia nem projeto para essa capela. Mas existia o clamor da sociedade muito grande, existia uma necessidade. Resolvemos realizar essa obra e fazer dois espaços para velório porque é um bairro que cresce e, se precisar, a comunidade tem esse espaço aqui”, afirma o prefeito de Joinville, Adriano Silva.
O local recebeu o nome de Capela Mortuária José Preis, de acordo com a Lei 9412/2023, de autoria do vereador Lucas Souza. Seu José participou da construção da Igreja Santa Luzia.
Além disso, teve grande atuação na comunidade, também foi sonoplasta e ministro da Eucaristia junto da esposa Florentina.
Gostava, especialmente, de levar a Eucaristia aos doentes e prestar auxílio às famílias.
Para a viúva de José, participar do evento de entrega da capela foi especial. “Para mim é uma emoção muito grande porque nós somos pessoas muito simples, viemos da roça, praticamente analfabetos, mal sabemos escrever e ler, mas nosso trabalho dentro da igreja foi grande, abraçamos com garra. Meu marido nunca disse não para ninguém, sempre falava a verdade, ajudou muita gente principalmente os pobres e doentes.
Na igreja, ele fazia tudo”, conta a viúva Florentina Berkemblock Preis.
“Seu José era muito importante nessa comunidade. O Paranaguamirim é o nosso maior bairro da Zona Sul, queria resumir esse sentimento em uma palavra: dignidade. Porque a população da Zona Sul não tinha dignidade para velar os seus entes queridos. Estamos nesse momento corrigindo essa injustiça”, diz o vereador Lucas Souza.
“Pensando no bem comum, uma capela mortuária é para os vivos onde possam, nos momentos mais difíceis, na despedida, ter um lugar digno para fazer a última despedida do seu ente querido. É um equipamento público de extrema necessidade. Antigamente, para toda a região Sul, a gente só tinha a capela do João Costa que era lamentável porque mal cabia um caixão. Não foi nem uma, nem duas, nem três vezes, quando eu morava aqui no bairro, que as pessoas batiam na porta da minha casa a procura de um local pra velar e na igreja não podia porque a lei não permite. Hoje, é uma alegria para nós essa entrega”, fala o padre Jackson Rampelotti, que foi pároco da Paróquia Santa Luzia por 7 anos.
A Unidade de Projetos da Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra) desenvolveu o projeto da capela. A obra também contou com o trabalho da Unidade Regional de Obras Sudeste.
“Aqui é um trabalho que representa a união da sociedade, das secretarias, de todos, em prol dessa necessidade de construir um espaço desse, um lugar digno, acessível para a comunidade. Para que as pessoas não precisem se deslocar até outro ponto na cidade para fazer essa última homenagem ao seu ente querido. Além da capela, temos um terreno que foi preparado, na lateral, para ser utilizado como estacionamento para as famílias”, explica o secretário de Meio Ambiente, Fábio Jovita.