Um episódio curioso registrado na zona rural de Itajaí, levou à criação de um projeto de lei que deve ser apresentado na Câmara de Vereadores nesta terça-feira (20).
No dia 16 de janeiro, uma mãe procurou a Unidade Básica de Saúde Parque do Agricultor pedindo que os profissionais simulassem a aplicação de uma vacina em uma boneca reborn — réplica hiper-realista de um bebê — para atender ao desejo da filha de quatro anos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, esse foi o único caso do tipo registrado até o momento na cidade.
A funcionária que recebeu a solicitação acreditava, inicialmente, que o atendimento seria destinado à própria criança, e por isso pediu a carteira de vacinação.
Só então foi informada de que se tratava da boneca.
A equipe recusou a simulação, alegando que a utilização de materiais como agulha e seringa em objetos inanimados poderia configurar desperdício de recursos públicos. Mesmo com a insistência da mãe, os profissionais mantiveram a negativa.
Apesar de o episódio não ter causado prejuízos ou atrasos nos atendimentos da unidade, a situação motivou a criação de uma proposta legislativa que pretende proibir atendimentos médicos ou simulações em bonecas reborn e outros objetos similares nas unidades públicas de saúde de Itajaí.
O projeto será lido em plenário e, segundo o autor, visa evitar confusões, desperdícios e preservar os protocolos do sistema de saúde municipal.