Quatro homens foram condenados a penas que somam 244 anos de prisão pelo assassinato de Gean Robert Gonçalves Wolski, de 19 anos, ocorrido em julho de 2016 em Mafra, no Planalto Norte de Santa Catarina.
O júri popular foi realizado nos dias 24 e 25 de julho deste ano, quase nove anos após o crime.
Além da morte de Gean, os réus também foram responsabilizados por tentativa de homicídio contra outras duas vítimas, que ficaram feridas no ataque.
As penas aplicadas variam entre 59 e 65 anos de reclusão, todas a serem cumpridas em regime fechado.
Ao final do julgamento, os quatro foram presos — até então, respondiam ao processo em liberdade.
Crime foi motivado por vingança, aponta MP
Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o crime foi motivado por vingança após uma discussão entre a vítima e um dos acusados, ocorrida dentro de um bar no dia 22 de julho de 2016.
Dias depois, os réus se posicionaram em frente à casa de Gean e efetuaram vários disparos contra três pessoas.
Gean morreu no local. Seu pai e um amigo ficaram feridos.
Durante o julgamento, as promotoras Rayane Santana Freitas e Fernanda Priorelli Soares Togni apresentaram provas que confirmaram a participação dos acusados no crime.
O Conselho de Sentença acatou as teses do Ministério Público e condenou os quatro réus.
“Esse julgamento foi uma resposta à dor da família, uma reparação mínima após tantos anos de espera”, declarou a promotora Fernanda Togni.
Ato por justiça marcou início do julgamento
Na manhã do primeiro dia do julgamento, familiares e amigos de Gean organizaram uma manifestação silenciosa em frente ao Fórum da Comarca de Mafra.
Vestindo camisetas com a imagem do jovem e segurando cartazes pedindo justiça, o grupo homenageou a memória da vítima e acompanhou o processo até a sentença final.
A mãe de Gean, Rose Bueno de Lima, afirmou que a condenação trouxe alívio.
“Foram nove anos esperando por esse momento. Eu nunca perdi a fé de que a justiça seria feita”, declarou emocionada.