quarta-feira,

30/07/2025

Joinville/SC

Furtos de energia geram prejuízo de R$ 228 milhões à Celesc em 2024

As perdas causadas por ligações clandestinas, adulterações em medidores e desvios de energia continuam sendo um desafio para a Celesc.

Em 2024, a companhia registrou prejuízo de R$ 228,4 milhões com esse tipo de irregularidade — o quarto maior entre as grandes distribuidoras do país.

Os dados são de um relatório divulgado recentemente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O levantamento considera como perdas não técnicas toda energia gerada que é distribuída, mas que, por fraudes ou irregularidades, não é faturada.

A Aneel estima que, em todo o Brasil, esse tipo de perda somou R$ 10,3 bilhões no último ano.

A maior parte desse valor está concentrada em grandes concessionárias, com destaque para a Light (RJ), que lidera o ranking com R$ 1,13 bilhão em prejuízos, seguida por Amazonas Energia (AM) e Enel RJ.

A Celesc informou que está avaliando os números internamente e que os índices de perda se mantêm em níveis semelhantes aos anos anteriores, principalmente em função do furto de energia.

A companhia também destacou que parte do valor identificado no relatório diz respeito à ausência temporária de faturamento para cerca de 1,5% dos clientes, devido à transição para um novo sistema comercial no fim de 2024.

Segundo a empresa, os consumidores impactados não foram penalizados com cortes no fornecimento ou cobranças de juros.

Eles estão recebendo novas faturas com prazos estendidos para pagamento, o que deve ser refletido positivamente nos próximos relatórios, reduzindo os indicadores de perdas não técnicas.

Como medida de combate ao furto de energia, a Celesc tem investido na instalação de medidores inteligentes, que permitem monitoramento em tempo real e cortes remotos, além do uso de equipamentos que identificam fraudes de forma menos invasiva.

Equipes especializadas também têm atuado em áreas com histórico de irregularidades.

Confira o ranking das maiores perdas entre distribuidoras de energia em 2024:

  1. Light (RJ) – R$ 1,13 bilhão

  2. Amazonas Energia (AM) – R$ 769,7 milhões

  3. Enel RJ – R$ 259,6 milhões

  4. Celesc (SC) – R$ 228,4 milhões

  5. Neoenergia PE – R$ 200,5 milhões

  6. Enel SP – R$ 197,3 milhões

  7. Enel CE – R$ 177,6 milhões

  8. CPFL Paulista – R$ 137,9 milhões

  9. Energisa MT – R$ 97,2 milhões

  10. CPFL Piratininga – R$ 80,1 milhões

Fonte: Aneel / NSC Total

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