Os casos estão concentrados principalmente nas regiões da Foz do Rio Itajaí, com 29 casos, Médio Vale, com 20, e Grande Florianópolis, onde foram registrados 21 casos.
“A coqueluche é uma doença sazonal e apresenta aumento cíclico de casos sem um fator específico conhecido. A baixa cobertura vacinal, a intensificação da vigilância e a melhoria no diagnóstico com o uso do exame PCR pelo Laboratório Central de Saúde Pública são fatores que podem ter colaborado para esse cenário.
Apesar de esforços para recuperar a cobertura do Calendário Básico de Vacinação no estado, a vacina pentavalente, que protege contra a coqueluche, apresenta 88,87% de cobertura até outubro de 2024, abaixo da meta anual de 95%. Em 2023, a cobertura havia alcançado 91,47%.
A coqueluche, causada pela bactéria *Bordetella pertussis*, afeta principalmente crianças pequenas e lactentes até seis meses.
“A imunização nas gestantes é fundamental para proteger as crianças até que completem a vacinação com a pentavalente, aos seis meses. Precisamos avançar na vacinação de todos os públicos indicados, uma vez que outros países também registram aumento de casos neste ano, e a vacina é a nossa principal aliada”, reforça o diretor.
Sintomas e Transmissão
A coqueluche é altamente contagiosa, e a bactéria é transmitida por gotículas de tosse, espirro ou fala de pessoas contaminadas. No início, os sintomas podem se assemelhar a um resfriado comum:
– Mal-estar geral
– Corrimento nasal
– Tosse seca
– Febre baixa
Com a progressão da doença, os sintomas se agravam, e a tosse seca torna-se intensa e incontrolável, podendo causar falta de ar, vômito e cansaço extremo.
As autoridades de Santa Catarina reforçam a importância da vacinação, especialmente entre crianças e gestantes, para conter a transmissão e proteger a população mais vulnerável.