Em poucos dias, começa a soltura dos Wolbitos da segunda fase do Método Wolbachia em Joinville.
Para garantir a eficácia das solturas, nesta quinta-feira (21), no bairro Nova Brasília, todas as equipes envolvidas na soltura participaram de uma nova capacitação e um simulado com o uso do aplicativo e dos veículos que serão usados durante a ação.
Agentes, motoristas, soltadores, além de coordenadores e supervisores receberam orientações técnicas de profissionais da Wolbito do Brasil sobre a soltura, tiraram dúvidas e conheceram o novo aplicativo para as solturas.
Além de Joinville, a capacitação também envolveu equipes de Balneário Camboriú e Blumenau, que aderiram ao Método Wolbachia neste ano e irão iniciar a soltura junto com Joinville.
Tamila Kleine, coordenadora Regional de Implementação da Wolbito do Brasil, explica que a nova capacitação atuou como um reforço para as equipes e apresentou o aplicativo que guiará as rotas de soltura.
“Em campo, eles terão o aplicativo no celular para auxiliar na rota de soltura, com os pontos específicos. Esta ação faz parte da estratégia da Wolbito do Brasil para que não ocorra nenhum empecilho em campo ou soltura em algum local inadequado”, detalha a coordenadora.
Durante o simulado, as equipes puderam vivenciar na prática o processo de soltura, utilizando uma rota real do aplicativo e simulando a abertura do frasco, porém, sem mosquitos.
Nesta segunda fase em Joinville, serão 3.844 pontos de soltura, distribuídos em 84 rotas.
Em cada ponto, será aberto um frasco com cerca de 200 a 250 mosquitos.
As liberações ocorrerão de terça a sexta-feira, sempre no início da manhã, a partir das 6h, aproveitando as condições climáticas favoráveis e o pico de atividade do mosquito.
Cada rota leva, em média, duas horas para ser concluída.
“Em Joinville, as solturas vão ocorrer durante seis meses, semanalmente, nos 15 bairros contemplados na segunda fase. As rotas já foram definidas, e haverá soltura em todas as ruas dos bairros contemplados”, informa Tamila.
A segunda fase do Método Wolbachia em Joinville vai atender a 15 bairros: Adhemar Garcia, Anita Garibaldi, Boehmerwald, Bucarein, Dona Francisca, Glória, Itinga, Jardim Paraíso, Nova Brasília, Pirabeiraba, Profipo, Rio Bonito, Saguaçu, Santo Antônio e Vila Cubatão, abrangendo cerca de 150 mil moradores.
Em 2024, a primeira fase de soltura dos Wolbitos contemplou 17 bairros e aproximadamente 360 mil moradores.
Soltura dos Wolbitos em Joinville, Balneário Camboriú e Blumenau começa na próxima semana
Na quarta-feira (27/8), inicia oficialmente a soltura dos Wolbitos em Joinville, Balneário Camboriú e Blumenau.
Em Joinville, da mesma forma como ocorreu na primeira etapa, a imprensa poderá acompanhar o início dos trabalhos.
Ponto de encontro e rota serão divulgados posteriormente, assim como as indicações de fontes oficiais para falar sobre o assunto.
Segundo o Gerente da Vigilância Ambiente de Joinville, Anderson da Silva, o início da soltura dos Wolbitos nos municípios de Balneário Camboriú e Blumenau contará com o apoio das equipes de Joinville.
“Como nós já passamos por essa experiência de soltura durante a primeira fase, nós vamos prestar este apoio às equipes de Blumenau e Balneário Camboriú no início das solturas, orientando com detalhes técnicos importantes, como a forma de fazer as solturas, o clima e a velocidade do carro”, destaca Anderson.
O Método Wolbachia é uma tecnologia inovadora e sustentável conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde e operada pela Wolbito do Brasil.
A iniciativa recebe apoio do Governo do Estado.
Sem qualquer modificação genética, o Método Wolbachia introduz a bactéria Wolbachia, presente em 60% dos insetos da natureza e inofensiva aos humanos, nos mosquitos Aedes aegypti.
A presença da Wolbachia impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro do Aedes aegypti.
Com a reprodução e o crescimento gradativo dos insetos com Wolbachia na natureza, o método contribui para a redução dessas doenças.
Em lugares como a Austrália, chegou a 96% de redução da dengue, quase erradicando a doença.
No Brasil, em Niterói, obteve 70% de redução de dengue.
