Conhecido pelos frequentadores da Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Jaraguá do Sul (SC), o cachorro Feijão virou praticamente um membro da comunidade.
O vira-lata costuma acompanhar as celebrações e já foi visto até deitado no sofá do altar durante a homilia, arrancando sorrisos dos fiéis.
A história do cãozinho começou há cerca de sete anos, quando ele e outro cachorro, batizado de Caramelo, apareceram no pátio da igreja.
Segundo Édina Gubert Ferreira, moradora da cidade e integrante da comunidade, o padre Vanderlei orientou que os animais fossem acolhidos com comida e carinho.
Enquanto o Caramelo desapareceu com o tempo, Feijão permaneceu por perto.
Houve tentativas de levá-lo para longe — inclusive para um sítio a cerca de 20 km —, mas o cão insistia em voltar.
A conexão com a igreja era mais forte.
Durante uma missa de Natal, Feijão estava próximo ao presépio e acabou sendo adotado por Édina e o marido.
Mesmo com um novo lar, o cão nunca deixou de visitar a igreja, chegando a cavar buracos e escapar pelas laterais para retornar ao templo.
“Hoje ele passa mais tempo na igreja do que em casa”, conta Édina.
“Quando ele some, já sabemos onde está. Basta dar uma buzinadinha que ele vem correndo e entra direto no banco de trás do carro, onde ficam as cadeirinhas das crianças.”
As crianças da família, Bella, de 5 anos, e Matteo, de 2, têm um vínculo especial com o cão, que também demonstrou carinho durante as gestações da tutora.
A dedicação do padre Vanderlei e da secretária da igreja, Neide, também é reconhecida.
Nos dias frios, eles providenciaram até uma casinha para que Feijão pudesse se abrigar na própria igreja.
Com tanto carinho e uma rotina entre casa e igreja, Feijão virou uma figura querida da comunidade.
Um verdadeiro exemplo de como o amor e a convivência podem transformar a história de um animal.