O caso envolvendo o padre Fábio de Melo e a demissão de um funcionário de cafeteria em Joinville ganhou novos desdobramentos e chegou ao Vaticano.
Segundo a Revista Oeste, um bispo de Santa Catarina levou o episódio à Congregação para a Doutrina da Fé, setor da Igreja responsável por avaliar condutas de religiosos.
Para o bispo, houve “desvio dos valores cristãos” por parte do sacerdote.
A polêmica começou em maio, quando o padre expôs nas redes sociais uma situação desconfortável vivida ao tentar comprar um doce de leite.
O preço cobrado no caixa era maior do que o indicado na embalagem, e, ao questionar, teria recebido a resposta direta: “Se quiser levar, o preço é esse”.
Incomodado, Fábio de Melo relatou o episódio publicamente, o que repercutiu negativamente e culminou na demissão do gerente da cafeteria, identificado como Jair Aguiar.
O funcionário, com apoio do sindicato de trabalhadores do setor de hotelaria e gastronomia da região, entrou com uma ação judicial contra o religioso, alegando danos morais.
A situação dividiu opiniões nas redes sociais e gerou intenso debate sobre exposição pública, assédio virtual e limites da influência de figuras públicas.
Diante da repercussão, o padre chegou a comentar que a internet é “uma armadilha do Diabo” e lamentou a forma como o ódio virtual se manifesta.
“Você está sob a mira da mais assertiva armadilha que o Diabo criou: o mundo virtual”, desabafou.
Agora, com o envolvimento do Vaticano, o caso pode passar a ser analisado dentro da estrutura eclesiástica da Igreja Católica, abrindo margem para discussões mais amplas sobre comportamento de líderes religiosos nas redes sociais.
Até o momento, nem o padre nem o Vaticano se pronunciaram oficialmente sobre o envio da denúncia.