Uma atualização de software causou estragos em sistemas de computadores globalmente nesta sexta-feira (19), resultando na suspensão de voos, saída do ar de emissoras de TV, e afetando serviços bancários e de saúde.
O incidente parece ter sido desencadeado por uma atualização da CrowdStrike, empresa de segurança cibernética, afetando clientes que utilizam o sistema operacional Windows da Microsoft.
A Microsoft já corrigiu o problema.
George Kurtz, presidente-executivo da CrowdStrike, esclareceu que o incidente não foi um ataque cibernético, mas sim um defeito em uma atualização específica para hosts do Windows, com uma correção sendo implantada.
As consequências foram significativas: importantes companhias aéreas como American Airlines, Delta Airlines e United Airlines nos EUA tiveram voos suspensos, enquanto bancos e empresas financeiras de diversos países, incluindo Austrália, Alemanha e Brasil, enfrentaram falhas. No Reino Unido, sistemas médicos e a emissora Sky News foram afetados, e o clube Manchester United precisou adiar um lançamento de ingressos.
A CrowdStrike alertou seus clientes sobre seu software Falcon Sensor causando travamentos nos sistemas Windows, com uma solução alternativa manual disponibilizada para resolver o problema.
Ciaran Martin, professor da Universidade de Oxford e ex-chefe do Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido, destacou a vulnerabilidade da infraestrutura global da internet diante desse incidente.
Aeroportos em Cingapura, Hong Kong e Índia precisaram realizar check-ins manuais devido à interrupção, afetando operações também em grandes aeroportos europeus como Schiphol em Amsterdã e Air France-KLM.
Embora algumas empresas tenham começado a restaurar seus serviços, analistas ainda estão avaliando o impacto dessa que pode ser a maior interrupção na indústria e economia em geral.