segunda-feira,

10/11/2025

Joinville/SC

Agravamento da Situação: SC registra alto risco de transmissão da Dengue

O mais recente boletim epidemiológico sobre o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) deste ano revelou uma preocupante situação em Santa Catarina.

De acordo com os dados, 47 municípios do estado apresentam alto risco de transmissão de dengue.

Além disso, o relatório indica que outros 69 municípios enfrentam um risco médio, enquanto 34 têm um baixo risco de transmissão da doença. Esses resultados são essenciais para compreender o cenário das arboviroses no estado.

Comparando com o levantamento realizado no ano anterior, percebe-se um agravamento da situação. Em 2023, 41 municípios catarinenses estavam classificados como alto risco para a transmissão da dengue.

Os municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti são orientados a realizar o levantamento para identificar áreas com maior ocorrência de focos e os tipos predominantes de criadouros, visando avaliar o risco de transmissão de dengue, chikungunya e Zika.

Neste ano, 155 municípios foram designados para executar o LIRAa, mas três (Apiúna, Itajaí e Penha) não realizaram a atividade devido ao aumento de casos de dengue, indicando um alto índice de infestação.

Em acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), decidiu-se pela não realização da atividade. Além disso, Canelinha e Trombudo Central também não conduziram a atividade, resultando na participação de 150 municípios no LIRAa deste ano.

João Augusto Brancher Fuck, diretor de vigilância epidemiológica do estado, alerta para o aumento significativo dos municípios classificados com médio risco.

Em março de 2023, 38,4% dos municípios estavam nessa condição, enquanto este ano o percentual subiu para 46%.

Houve também um aumento dos municípios classificados em alto risco, refletindo a realidade preocupante enfrentada pelo estado em 2024, com um aumento de 650% dos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Além de fornecer dados sobre o risco de transmissão das doenças pelo Aedes aegypti, o LIRAa oferece informações sobre a quantidade e o tipo de recipientes inspecionados, que podem servir como criadouros para o mosquito.

Neste ano, foram inspecionados 148.318 depósitos, representando um aumento de 17,7% em relação ao LIRAa de 2023, quando foram inspecionados 126.003 depósitos.

Os recipientes móveis, como pratinhos de plantas e baldes, representaram a maioria (39%), seguidos por lixo e sucata (30,1%) e recipientes fixos, como calhas e piscinas (14,8%).

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