quarta-feira,

15/10/2025

Joinville/SC

Treze pessoas de fações são presas no Planalto Norte

Treze pessoas foram detidas durante a Operação Ruptura, realizada na última sexta-feira (29), que investiga confrontos entre facções criminosas no Planalto Norte.

Os ataques resultaram em um homicídio e oito tentativas de assassinato na região.

Entre os presos está o pai de uma criança de sete anos que foi atingida por tiros em Major Vieira, no dia 27 de abril deste ano.

Segundo o delegado Darci Nadal Junior, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Canoinhas, o pai da criança é investigado por tentativa de homicídio contra o líder de um grupo rival, ocorrida cerca de um mês antes do ataque que atingiu seu filho.

O menino acabou sendo vítima acidental, atingido por disparos que não tinham como alvo direto ele.

“O ataque era direcionado ao líder da facção rival, mas os atiradores erraram e atingiram outros ocupantes do veículo, incluindo o filho do investigado. Desde então, ocorreram ataques mútuos entre os grupos criminosos”, explicou o delegado.

Durante a operação, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária e 18 de busca e apreensão em Major Vieira e Canoinhas.

Além disso, a polícia registrou sete prisões em flagrante.

Foram apreendidas cinco armas de fogo, 86 munições, 49 pedras de crack, 6,7 gramas de cocaína, 46 gramas de maconha e três rádios comunicadores.

A ação contou com cerca de 100 policiais, 30 viaturas, apoio aéreo do Serviço Aeropolicial (Saer) e atuação de cães farejadores.

O conflito investigado, segundo a Polícia Civil, está relacionado à disputa por territórios para o tráfico de drogas.

Entre março e agosto deste ano, a região registrou um homicídio e oito tentativas.

Ataque que atingiu criança

O pai da criança estava dirigindo o veículo quando foram surpreendidos pelos disparos.

O menino foi socorrido inicialmente em Major Vieira e depois transferido para o Hospital São Vicente de Paulo, em Mafra, para cirurgia de emergência, sendo posteriormente encaminhado a Joinville.

O caso é tratado como tentativa de homicídio doloso qualificado, considerando que a vítima tinha menos de 14 anos.

A criança sobreviveu, mas não há informações atualizadas sobre seu estado de saúde.

Você não pode copiar o conteúdo desta página