quarta-feira,

18/06/2025

Joinville/SC

Políticos catarinenses decidem permanecer em Israel mesmo após parte da delegação brasileira seguir para Jordânia

Maryanne Mattos, vice-prefeita de Florianópolis, e Paulo Rogério Rigo, secretário de Joinville, optaram por ficar no país, seguindo orientações de segurança locais, enquanto outros integrantes da comitiva deixaram a região.

Enquanto parte da delegação brasileira que está no Oriente Médio decidiu seguir para a Jordânia nesta segunda-feira (16), dois políticos catarinenses optaram por permanecer em Israel, mesmo diante dos recentes ataques e alertas de sirenes. Maryanne Mattos (PL), vice-prefeita de Florianópolis, e Paulo Rogério Rigo, secretário de Segurança Pública de Joinville, integram o grupo de 41 representantes do Brasil que estão em solo israelense.

A viagem, que começou em 9 de junho, tinha como objetivo conhecer tecnologias de segurança e seguiria até a próxima sexta-feira (20). No entanto, os planos foram alterados após os recentes ataques entre Israel e Irã, que aumentaram a tensão na região.

 

Sirenes e abrigos em bunkers

Nos últimos dias, os catarinenses precisaram se abrigar em bunkers diversas vezes devido a alertas de ataques. De acordo com Rigo, as sirenes soaram pelo menos seis vezes entre domingo (15) e a manhã desta segunda-feira (16) em Kfar Saba, cidade próxima a Tel Aviv, onde o grupo está hospedado.

Maryanne Mattos relatou que passou parte da noite de domingo dormindo em um bunker. “Eles colocaram colchões, e eu fiquei lá para não ficar subindo e descendo”, contou a vice-prefeita em suas redes sociais.

O secretário de Joinville também compartilhou sua experiência, afirmando que recorreu à música para aliviar a tensão durante um dos alertas. “Respeitamos a decisão dos colegas que preferiram ir para a Jordânia, mas minha experiência me diz que estamos em relativa segurança aqui. Seguimos o protocolo: quando a sirene toca, vamos imediatamente para o bunker”, explicou Rigo.

 

Decisão baseada em orientações locais

A vice-prefeita de Florianópolis justificou a escolha de permanecer em Israel seguindo recomendações do governo local, que desaconselhou viagens terrestres. “Não estou no grupo que irá para o Brasil antes, por entender ser mais seguro ficar neste local, que tem toda a estrutura de segurança”, afirmou.

A Prefeitura de Joinville confirmou que o secretário Paulo Rogério Rigo seguirá no país e que continua monitorando a situação. As atividades da comitiva, que incluíam visitas técnicas, foram suspensas devido ao conflito.

Enquanto isso, outros integrantes da delegação brasileira decidiram deixar Israel e seguir para a Jordânia como medida de precaução. A situação no Oriente Médio segue instável, e os brasileiros que permanecerem no país continuarão sob alerta.

 

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