O que parecia ser um caso comum de dengue se transformou na maior batalha da vida de Renan de Lima.
De acordo com seus familiares, no dia 28 de abril, Renan começou a sentir sintomas como dores intensas no corpo, febre alta e tosse persistente.
Procurou atendimento na UPA Sul, em Joinville, onde foi diagnosticado com dengue e liberado para tratamento em casa.
Sem apresentar melhora nos dias seguintes, ele retornou à unidade no dia 1º de maio.
Apesar da insistência por exames mais detalhados, como um raio-x do tórax, o diagnóstico foi mantido, e ele foi novamente encaminhado para casa com medicação.
A situação, no entanto, piorou drasticamente.
Na manhã do dia 2 de maio, Renan acordou em estado crítico, com pressão extremamente baixa e falta severa de ar.
Foi levado às pressas à UPA Norte, onde permaneceu por horas recebendo oxigênio sem apresentar melhoras.
Diante da gravidade do quadro, foi intubado e transferido em estado grave para a UTI do Hospital São José.
Foi lá que os médicos descobriram a verdadeira causa de seu estado: uma pneumonia severa, que havia comprometido totalmente seus pulmões.
O quadro evoluiu rapidamente para uma falência múltipla de órgãos.
O coração enfraqueceu, os rins pararam de funcionar e Renan passou a depender de aparelhos para sobreviver.
Após dias de intensos cuidados, sessões de hemodiálise e protocolos médicos rigorosos, os sinais de recuperação começaram a surgir.
O coração voltou a bater sozinho, os rins voltaram a funcionar e os pulmões começaram a responder.
No entanto, a circulação deficiente durante o período crítico causou necrose nos dois pés e em dois dedos da mão direita.
No dia 21 de maio, Renan passou por uma cirurgia de amputação dos dois pés e de dois dedos da mão direita — uma decisão difícil, mas necessária para salvar sua vida.
Agora, sua luta continua fora dos hospitais. Para retomar a rotina e recuperar a autonomia, Renan precisa de próteses que o ajudarão a voltar a andar, trabalhar e viver com dignidade. Ele lançou uma campanha solidária e pede o apoio de todos que se comoverem com sua história.
“Qualquer contribuição, de qualquer valor, fará uma enorme diferença no meu recomeço. Que essa corrente de amor e solidariedade me ajude a dar um novo passo, literalmente, em direção à vida”, disse Renan, em uma mensagem emocionada de gratidão.