Vereadores da Comissão de Saúde visitaram os hospitais Infantil e Regional na manhã desta última sexta-feira (16), após reclamações de demora no atendimento.
A principal causa da superlotação, segundo as direções, é o grande número de pacientes sem gravidade, que poderiam ser atendidos nas UPAs.
No Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, os vereadores Pastor Ascendino Batista (PSD), Brandel Junior (PL) e Adilson Girardi (MDB) inspecionaram o Pronto-Socorro, atualmente em reforma — a primeira em 40 anos.
A obra acrescentará apenas dois leitos aos 286 existentes.
A direção afirma que só seria possível ampliar os leitos com a construção de um novo prédio, o que não está previsto.
Como medida paliativa, o Estado vai contratar 100 leitos de retaguarda no Hospital Bethesda, dos quais 50 serão do Hospital São José.
Atualmente, o Regional atende cerca de 3 mil pessoas por mês, sendo 30% sem urgência.
No Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, o cenário se repete: dos 7 mil atendimentos mensais, quase metade poderia ser feita nas UPAs, segundo a diretora Estela Mari Galvan Cuchi.
“Há pessoas esperando leito em poltronas. O hospital precisa ser ampliado. Vamos buscar diálogo com o governo do Estado”, disse o vereador Pastor Ascendino Batista.
Falta de médicos agrava o problema
Os dois hospitais enfrentam escassez de profissionais.
O Regional não consegue contratar anestesistas, mesmo após oito seleções — os médicos recusam a carga horária de 80 horas semanais.
A Secretaria Estadual de Saúde deve intervir com a designação de um profissional.
Já o Hospital Infantil sofre com a falta de neurocirurgiões, o que aumenta a fila de espera.
O hospital estuda o uso da telemedicina como alternativa.