Durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, a Polícia Civil detalhou o funcionamento do suposto esquema de rachadinha que estaria ocorrendo no gabinete do vereador em Joinville.
O delegado responsável pelas investigações, Dr. Pedro Alves, afirmou que Nado estaria utilizando recursos dos assessores para pagar funcionários informais, supostamente ligados ao vereador.
“Ação politiqueira”
A assessoria de comunicação do vereador Ednaldo Marcos (Nado) divulgou uma nota em suas redes sociais garantindo sua inocência e afirmando desconhecer os detalhes da investigação em curso.
A nota, compartilhada pelo vereador, denuncia a ação como uma manobra política destinada a manchar sua reputação.
Segundo o comunicado, adversários políticos estariam utilizando artifícios para prejudicá-lo.
Operação Policial
Na manhã de ontem (18), uma operação da Polícia Civil cumpriu 36 mandados de busca e apreensão em Joinville e Palhoça, incluindo o gabinete do vereador às 7 horas.
Cerca de 20 pessoas estão sob investigação.
A investigação revelou que o vereador tinha indivíduos encarregados de abordar e arrecadar dinheiro das pessoas.
Durante as buscas, foram apreendidos celulares, computadores e cadernos de anotações com os suspeitos.
Em entrevista ao NSC Total, Nado se defendeu, alegando que tudo não passa de um mal-entendido e que cooperará com as investigações da Polícia Civil.
“Quando eles analisarem meu celular, verão o bem que fazemos às pessoas. Alguns querem tirar vantagem, querem derrubar aqueles que estão trabalhando.
Porque em seis meses teremos eleições municipais novamente aqui em Joinville”, declarou o parlamentar sobre a possível motivação por trás da investigação.
Operação Backbone
A operação Backbone, também conhecida como “espinha dorsal”, foi iniciada pela 3ª Delegacia de Polícia Especializada no Combate à Corrupção (Decor).
Cerca de 80 policiais civis de várias divisões de cidades catarinenses participaram das operações, juntamente com peritos da Polícia Científica e membros da Comissão de Prerrogativas da OAB.
Nota da CVJ
Em comunicado, a câmara de vereadores de Joinville informou que a operação está sendo conduzida em um único gabinete de vereador e não possui qualquer relação com a estrutura do Poder Legislativo como um todo.