A Companhia Águas de Joinville continua realizando o monitoramento da qualidade da água, com incremento no número de testes e análises realizadas.
O objetivo é garantir que a água distribuída esteja potável para o consumo e sem riscos à saúde.
A partir dos testes realizados nos últimos dias, foi possível observar uma queda na concentração dos compostos naturais, que são os causadores de cheiro e odor na água.
“Ao analisar outros testes nesta segunda-feira (4), continuamos observando uma queda na percepção de gosto e odor”, indica o engenheiro sanitarista e ambiental, Lucas Emanuel Martins, gerente de Água da Companhia.
O monitoramento da qualidade da água inicia no rio, em vários pontos antes mesmo da captação, passa por etapas dentro da Estação de Tratamento de Água (ETA) Cubatão, é verificado na saída da estação e, ainda, por meio de 262 pontos espalhados em todos os bairros da cidade.
Este processo é realizado pela Companhia garantindo a qualidade da água distribuída aos imóveis.
Porém, a partir do momento em que se identificou esse cenário de percepção de gosto e odor, além do monitoramento habitualmente realizado, a Companhia aumentou o número de testes e análises realizadas.
Desde o manancial, o processo de tratamento e a saída de água da estação, todos os parâmetros analisados estão dentro do que a Portaria GM/MS nº 888/2021, do Ministério da Saúde traz.
“A água está segura. Todas as nossas análises são de laboratórios acreditados pelo Inmetro, tanto os laboratórios externos, quanto o da Águas de Joinville”, destaca Sidney Marques de Oliveira Junior, diretor-presidente da Companhia Águas de Joinville.
Compostos naturais no rio Cubatão
A bioquímica Liana Ruwer, que atua no Laboratório de Controle de Qualidade da Companhia Águas de Joinville, explica que a alteração sensorial pode ocorrer devido à presença de compostos naturais que se desenvolvem no Rio Cubatão.
“Aqui em Joinville, identificamos que a molécula causadora é a chamada MIB. A quantidade de MIB detectada sensorialmente pela população é muito pequena, equivalente a 50 nanogramas por litro, mas, mesmo assim, é perceptível ao paladar”, explica Liana.
Segundo ela, episódios de alteração de gosto e odor causados por MIB podem ser encontrados em todo o mundo.
Em Joinville, esse cenário pode ocorrer em momentos de estiagem, quando a vazão do rio diminui e o ambiente fica mais lento, aumentando a concentração desses microrganismos e compostos no rio.
Por se tratar de um fenômeno natural, ainda não há como indicar um prazo exato para que a situação seja normalizada.
Mas a qualidade da água segue garantida.
Na manhã desta segunda-feira (4), a Companhia recebeu a Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores de Joinville, na ETA Cubatão.
Na oportunidade, os vereadores Lucas Souza, Pastor Ascendino Batista, Diego Machado, Franciel Iurko e Wilian Tonezi estiveram em algumas áreas da estação, como captação, laboratórios e sistema de filtração e esclareceram as dúvidas sobre o monitoramento e a qualidade da água.
A Águas de Joinville segue atendendo a comunidade por meio dos canais oficiais e esclarecendo as dúvidas da população.