Os professores da Rede Municipal de Ensino de Joinville recebem em julho oficinas culturais com foco nas práticas musicais da Baía da Babitonga. Baseadas no livro “Alma na Voz e Mãos no Tambor – Práticas Musicais da Baía da Babitonga”, lançado em 2022 pela pesquisadora e musicista Ana Paula da Silva, as oficinas visam promover a valorização da cultura popular, tradição oral e memória.
Durante o evento, os participantes terão contato com manifestações culturais como o Catumbi de Itapocu, Dança do Vilão, Terno de Reis e Corais Indígenas Guarani Mbya.
Essas práticas, ricas em história e tradição, servirão como ferramentas educativas nas disciplinas de Artes e outras áreas, estimulando a criação e a coletividade.
“Muitos desconhecem a história, a memória e a cultura popular da própria região, sendo de Joinville, ou da Babitonga. Criar conexões com a localidade e a identidade cultural dos alunos, permitindo-lhes o caminho do saber, da curiosidade, da criação, do respeito à diversidade, e possibilitar também a manutenção e salvaguarda destas práticas dançantes, musicais, ritualísticas e de tradição oral, são também objetivos sociais, culturais, históricos e que permeiam a Educação do indivíduo, onde deságua para o coletivo.”, explica Ana Paula da Silva.
As oficinas presenciais ocorrerão nos dias 2 e 4 de julho, em quatro grupos distintos, com atividades das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30; e também no dia 8 de agosto.
Adicionalmente, consultorias on-line serão oferecidas, com conteúdos gerais e práticas de educação musical para crianças atípicas.
Além disso, como contrapartida, Ana Paula da Silva fará apresentações musicais nas Escolas da Rede Municipal de Joinville nos bairros Pirabeiraba, Morro do Meio e durante a Mostra de Artes.
Serão disponibilizados 20 livros para as escolas com percentual de vulnerabilidade acima de 11.50% até 79,01%, segundo tabela do SIMDEC/2022.
Ana Paula da Silva, é mestra em Música pela UDESC, é a principal facilitadora das oficinas.
Como educadora e uma recente pesquisadora, vem a cada ano desenvolvendo um currículo mais experiente no que diz respeito a vivenciar e pesquisar o segmento musical, seja formalmente ou empiricamente.
Em 2024, completou 28 anos de carreira como compositora, intérprete, instrumentista, diretora musical e produtora de projetos de formação, artísticos e culturais.
Ao seu lado, Jean Ferreira, bacharel em Música Popular e pós-graduando em Musicoterapia, contribuirá com metodologias voltadas para a educação musical inclusiva.
Esse projeto recebeu recursos por meio da Lei de Incentivo Municipal (Simdec).