A construtora Embracol, responsável pela execução de Centros de Educação Infantil (CEIs) em Joinville, atribuiu a uma série de fatores os atrasos nas obras que estão em andamento na cidade.
Entre os principais motivos citados estão a escassez de mão de obra qualificada, atrasos no fornecimento de materiais e as características geográficas do município.
As explicações foram apresentadas durante uma reunião da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, realizada na terça-feira (8).
O encontro foi solicitado pelos parlamentares para dar continuidade às discussões iniciadas no mês anterior, quando os atrasos começaram a ser debatidos.
A Secretaria de Educação, no entanto, não enviou representantes para a reunião.
No mês de junho, a própria secretaria havia confirmado que sete das 15 obras de CEIs em andamento apresentavam atrasos, devido a entraves enfrentados pela Embracol, especialmente na contratação de trabalhadores, o que impactou diretamente o cronograma previsto.
Na ocasião, a empresa também não participou das discussões.
A presidente da comissão, vereadora Vanessa da Rosa (PT), classificou as justificativas da empresa como “pouco convincentes” e destacou que a vencedora da licitação deveria estar preparada para cumprir com o contrato firmado.
O vereador Pastor Ascendino Batista (PSD) compartilhou da mesma opinião e reforçou a responsabilidade da empreiteira no cumprimento dos prazos estabelecidos.
Durante a reunião desta semana, o advogado da Embracol, Thiago Felipe Etges, detalhou os desafios enfrentados pela construtora. Segundo ele, o setor da construção civil está aquecido na região, o que dificulta a contratação de profissionais.
Além disso, fornecedores têm apresentado prazos longos para a entrega de materiais pré-moldados.
A geografia de Joinville, com solo instável, lençol freático elevado e influência das marés, também teria complicado a execução das fundações das obras.
Etges ressaltou que, apesar de serem construções simples em termos arquitetônicos, os projetos exigem complexidade técnica na execução, especialmente na etapa estrutural.
Ainda segundo o advogado, a empresa já contratou novos operários e prestadores de serviço, e o ritmo das obras está dentro do esperado, com a previsão de conclusão mantida.
Os vereadores anunciaram que vão solicitar à Secretaria de Educação um cronograma atualizado das obras.
Etges afirmou que a Embracol está disposta a colaborar com o fornecimento dessas informações, desde que o documento seja elaborado em conjunto com os fiscais da secretaria.