A Polícia Federal deflagrou a Operação Deadcoin, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro oriundo da prática de estelionato contra milhares de pessoas no Rio Grande do Sul e no Oeste de Santa Catarina.
Foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em Joinville, Jaraguá do Sul, Chapecó, São Miguel do Oeste, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Três Coroas, Portão, e Sapiranga
Não é descartado que a quadrilha tenha feito mais de 10 mil vítimas em ambos estados. A estimativa é que o prejuízo gerado a elas ultrapasse R$ 250 milhões.
Ao todo, 58 pessoas são investigadas por suspeita de participação no esquema.
Durante as investigações, a PF identificou que a organização criminosa atuava oferecendo investimentos com rendimentos irreais sobre o capital depositado.
Inicialmente, as vítimas do esquema recebiam um suposto lucro, que servia para ganhar a confiança delas.
Após realizarem depósitos ainda maiores, elas não recebiam mais nenhum retorno e não conseguiam reaver o dinheiro inicialmente depositado, que era bloqueado sem nenhuma justificativa.
A PF descobriu ainda que o grupo criminoso iniciou uma complexa engenharia para evasão de divisas para paraísos fiscais, lavagem de dinheiro, compra de automóveis e imóveis de luxo no exterior, entre outras práticas ilícitas.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e evasão de divisas, cujas penas máximas somadas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
A ofensiva resultou na expedição de dois mandados de prisão preventiva a serem cumprido no RS e no acionamento da Interpol para investigados foragidos.
Também houve a retenção de dois passaportes de um alvo em São Miguel do Oeste e de outros em Caxias do Sul.
O morador da Serra gaúcha também foi encaminhado para uso de tornozeleira eletrônica.