O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou um caminhoneiro pelos crimes de homicídio qualificado – consumado e tentado – e embriaguez ao volante, após um grave acidente na madrugada de 27 de julho, na BR-470, em Apiúna, no Vale do Itajaí.
Segundo a Promotoria de Justiça da Comarca de Ascurra, o motorista conduzia o caminhão com 0,94 mg/l de álcool no ar alveolar, quase três vezes acima do limite permitido.
Testemunhas e laudos apontam que ele realizava manobras em zigue-zague e invadiu a contramão em um trecho de baixa visibilidade.
Por volta das 5h, no km 102 da rodovia, o veículo colidiu frontalmente contra um automóvel ocupado por seis pessoas da mesma família.
Morreram no local uma adolescente de 12 anos, sua mãe, de 36, e a avó, de 61 anos, todas vítimas de politraumatismo.
Outros três ocupantes — um menino de 6 anos, outra adolescente de 12 anos (irmã gêmea da vítima fatal) e o pai das crianças, que dirigia o carro — sobreviveram, mas sofreram ferimentos graves.
De acordo com o MPSC, os crimes não se consumaram contra essas vítimas graças ao rápido atendimento médico.
O caminhoneiro foi preso em flagrante, teve a prisão convertida em preventiva e permanece no Presídio Regional de Blumenau.
A Promotora de Justiça Cristina Nakos destacou a gravidade da conduta.
“Conduzir um veículo pesado, embriagado e em zigue-zague, numa rodovia movimentada, é expor vidas inocentes a um risco inaceitável. O Ministério Público buscará a responsabilização integral do acusado para que a sociedade tenha a resposta que merece”, afirmou.
Na denúncia, o MPSC solicita que o acusado seja julgado pelo Tribunal do Júri e condenado por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e embriaguez ao volante.
Também pede indenização mínima de R$ 100 mil por vítima, além da apuração de eventuais danos materiais.











