A Receita Federal apreendeu mais de 457 toneladas de minério de cobre nos portos de Paranaguá, no Paraná, e de Itapoá, em Santa Catarina, durante a primeira semana de dezembro de 2025.
As cargas estavam distribuídas em 17 contêineres, foram avaliadas em R$ 2.138.319,26 e tinham como destino a China.
Segundo o órgão, as empresas envolvidas tentavam exportar o minério de forma irregular, utilizando diferentes portos como estratégia para dificultar a fiscalização.
O material apreendido era proveniente de estados da região Norte do país.
As investigações apontaram a existência de um esquema organizado para o escoamento de minério de origem ilícita, com ocultação da real procedência do produto.
Entre os envolvidos há sócios com histórico de irregularidades, como tentativas anteriores de exportação ilegal de cobre, uso de documentos falsos, utilização indevida de registros relacionados à exploração mineral, falta de comprovação da origem lícita dos recursos e registros de contrabando de minério.
A Receita Federal identificou fraudes aduaneiras em sequência e em curto intervalo de tempo em diversos portos brasileiros, incluindo Vila do Conde (PA), Pecém (CE), Salvador (BA), Santos (SP) e, mais recentemente, Paranaguá (PR) e Itapoá (SC).
De acordo com o órgão, o padrão operacional indica a troca constante de portos e unidades aduaneiras sempre que as irregularidades são detectadas pela fiscalização.
Ainda conforme a Receita, as empresas apontadas como responsáveis pela origem do minério não apresentam atividades regulares, não possuem empregados registrados e carecem de estrutura operacional, o que reforça a suspeita de que foram constituídas apenas para dar suporte documental às exportações ilegais.
A ação é resultado de trabalho interno de inteligência e análise de risco fiscal.
A Receita Federal informou que seguirá atuando para coibir práticas ilícitas no comércio exterior, com o objetivo de proteger a economia nacional e assegurar o cumprimento da legislação.
