O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), do Ministério Público de Santa Catarina, realizou na manhã desta terça-feira (25) a Operação “Desvio de Rota”, etapa de um procedimento conduzido pelo Núcleo de Atuação Processual da Subprocuradoria-Geral de Justiça.
A ofensiva cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e também determinou o bloqueio de bens, incluindo imóveis, veículos e valores dos investigados, conforme determinação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
As diligências ocorreram em Planalto Alegre, no Oeste do Estado, nas casas de um agente político e de empresários do ramo de transporte.
Eles são investigados por possíveis irregularidades na contratação direta de um caminhão-pipa pela administração municipal.
Segundo o Ministério Público, há suspeitas de descumprimento do contrato, desvio de finalidade na prestação do serviço e possível conluio entre o agente público e a empresa contratada.
A apuração preliminar indica que o caminhão-pipa, que deveria servir exclusivamente ao município, teria sido utilizado em outras cidades, contrariando o acordo firmado por dispensa de licitação.
Também foram identificadas possíveis inadequações na capacidade do veículo para atender às demandas emergenciais de abastecimento.
O nome da operação faz alusão justamente ao suposto uso indevido do caminhão, que além de circular fora da rota prevista, teria sido empregado de forma incompatível com os princípios da administração pública.
Para o GAECO, tais irregularidades podem ter gerado prejuízos ao erário e comprometido o atendimento emergencial de abastecimento de água.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, diversos materiais foram recolhidos e encaminhados à Polícia Científica, responsável pela análise pericial.
Os resultados devem contribuir para aprofundar a investigação, identificar outros possíveis envolvidos e esclarecer se houve prática de crimes ou formação de organização voltada ao desvio de recursos públicos.
