O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o horário de verão não será implementado no Brasil neste ano.
Segundo a pasta, a medida continua sendo analisada periodicamente, mas os estudos mais recentes indicam que não há necessidade de aplicação pelo menos até fevereiro de 2026, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
De acordo com o MME, os reservatórios seguem em situação considerada favorável, mesmo durante o período seco, o que garante condições mais positivas para o Sistema Interligado Nacional (SIN) em comparação ao ano passado.
Em 2024, o possível retorno do horário de verão foi amplamente debatido, mas acabou descartado em outubro pelo governo.
À época, o ministro Alexandre Silveira afirmou que a medida só seria retomada em caso de absoluta necessidade.
Debate segue dividido
O horário de verão foi suspenso em 2019 e ainda gera opiniões divergentes. Defensores da medida alegam que o adiantamento dos relógios em uma hora contribui para o consumo, o turismo e a sensação de segurança nas ruas.
A Associação Comercial de São Paulo, por exemplo, já manifestou apoio ao retorno, destacando também possíveis benefícios econômicos.
Por outro lado, setores como a indústria e o setor aéreo apontam impactos negativos. A indústria cita aumento de custos indiretos, enquanto companhias aéreas alertam para a complexidade logística causada pela mudança de horários, especialmente em voos internacionais.
Eficiência em debate
O principal objetivo do horário de verão sempre foi a redução do consumo de energia, aproveitando melhor a luz natural.
Porém, mudanças no padrão de consumo — como o maior uso de aparelhos de ar-condicionado à tarde — reduziram a efetividade da medida nos últimos anos.
Assim, mesmo com defensores e críticos, o governo mantém a posição de que o retorno do horário de verão só será considerado se houver real necessidade para garantir o equilíbrio do sistema elétrico.
