O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) solicitou a prisão preventiva de um homem investigado por zoofilia contra um cachorro em situação de abandono no bairro Guanabara, em Joinville.
O crime, ocorrido na noite de 25 de junho, foi registrado por câmeras de segurança e causou grande repercussão nas redes sociais.
O suspeito chegou a ser preso em flagrante, mas foi liberado pelo juiz plantonista, sem audiência de custódia e sem manifestação prévia do MPSC.
Agora, a 21ª Promotoria de Justiça de Joinville, já em regime ordinário de atuação, apresentou o pedido formal de prisão à Vara Regional de Garantias, citando a gravidade do caso e os riscos à ordem pública.
De acordo com a promotora Simone Cristina Schultz, o homem está em situação de rua, não possui residência fixa e tem um longo histórico criminal — com mais de 50 registros em diversas cidades de Santa Catarina, incluindo ações por furto. Em uma delas, o processo chegou a ser suspenso por falta de localização do acusado.
A promotora ainda ressaltou que o caso provocou forte comoção social, especialmente entre protetores da causa animal, e que a liberdade do investigado compromete a confiança da população na Justiça.
“A permanência do acusado nas ruas representa uma ameaça real à sociedade, com possibilidade de reincidência contra outros animais ou até pessoas vulneráveis”, destacou.
O crime é enquadrado como maus-tratos, com base na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), e também viola normas do Conselho Federal de Medicina Veterinária, além da legislação estadual vigente.
O pedido de prisão segue em análise pela Justiça.