O Sindicato dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade de Joinville (Sitratuh) se manifestou publicamente contra a demissão de um gerente da cafeteria Havanna, ocorrida após uma polêmica envolvendo o padre Fábio de Mello no início de maio.
Segundo o sindicato, o desligamento do funcionário aconteceu pouco depois de o padre relatar, em suas redes sociais, uma suposta grosseria durante um atendimento na loja.
A entidade classifica a demissão como precipitada e injusta.
“A Havanna demitiu um trabalhador sem investigar direito o que aconteceu. Só quis proteger sua imagem nas redes sociais, jogando toda a culpa em cima do funcionário”, afirmou o sindicato por meio de nota oficial.
O Sitratuh também criticou a divulgação de imagens de câmeras de segurança que mostram o gerente durante o episódio.
Para o sindicato, o vídeo circulou na internet sem o devido cuidado, expondo o trabalhador ao que chamou de “cancelamento virtual”, sem que ele tivesse a chance de se defender.
A confusão começou quando o padre Fábio de Mello e um amigo foram até a cafeteria comprar doce de leite.
No local, perceberam que o valor cobrado no caixa era superior ao anunciado na prateleira.
Ao questionarem a diferença, o padre afirma ter citado o Código de Defesa do Consumidor, que obriga o estabelecimento a cobrar o menor valor anunciado.
De acordo com o relato publicado por Fábio de Mello nas redes, o gerente teria respondido de forma ríspida:
“O preço é esse. Se quiser levar, leva. Se não quiser, não leva. O sistema não me permite fazer isso.” O funcionário, por sua vez, nega ter usado essas palavras.
Até o momento, a Havanna não se pronunciou oficialmente sobre as críticas do sindicato.