Prestigiado, emocionante e solidário. Estas três palavras definem bem o que foi o 4º Festival de Ópera de Joinville, encerrado no domingo (8).
Em sete noites de Harmonia-Lyra lotada, um público de aproximadamente quatro mil pessoas vibrou com grandes espetáculos que homenagearam os imigrantes alemães e italianos, com destaque para a montagem de “Rigoletto”, de Verdi, que desde já entra para a história das artes joinvilenses.
Além dos cantos operísticos, a solidariedade também se fez presente ao longo do evento, que teve entrada gratuita.
O público atendeu ao chamado da produção e doou 3.130 litros de leite e mais de 30 kg de alimentos.
O total arrecadado será dividido entre a Associação Casa do Adalto, Lar Abdon Batista, Associação de Amigos do Autista (AMA) e Associação Ecos de Esperança.
Já as tardes didáticas foram prestigiadas por quase 1,5 mil alunos de escolas públicas e particulares de Joinville.
Nessas ocasiões, os jovens assistiram a trechos dos espetáculos e conheceram mais a fundo a história da Sociedade Harmonia-Lyra, dos cantores líricos e da própria ópera. A entidade ainda providenciou transporte e lanche para as turmas.
Para completar, o Festival de Ópera foi palco do lançamento do livro “Yara, uma Ópera às Margens do Tibagi”, de Semitha Cevallos, sobre a ópera escrita em Joinville na década de 1930.
Cerca de 150 pessoas prestigiaram a sessão de autógrafos e cem unidades foram distribuídas.
“Pessoas que conhecem ópera fora do Brasil relataram que o que entregamos em termos de estrutura e produção se equipara aos grandes palcos europeus”, diz a gerente de projetos da Harmonia-Lyra, Aila Gama Meyer. Aliado à alta qualidade das montagens e apresentações, o festival também promoveu o encontro de artistas de expressão nacional e internacional com cantores e músicos locais, gerando ainda mais benefícios para a cena cultural joinvilense.
A edição de 2025 já está sendo pensada, inclusive com alguns títulos pré-selecionados, mas tudo vai depender dos recursos disponíveis, segundo o presidente da Lyra, Álvaro Cauduro.
“O público está pedindo. As pessoas estão gostando cada vez mais, entendendo o que é uma ópera, se tornando apreciadoras, e isso é positivo porque atinge diretamente o público infantojuvenil. Enfim, vamos tentar fazer uma quinta edição tão bonita quanto foi esta”, avalia.