Os funcionários do Banco Central deram início nesta terça-feira (20) a uma paralisação de 48 horas, com o intuito de expressar sua insatisfação e solidariedade na busca por uma proposta satisfatória do governo em relação à valorização da carreira de Especialista.
Em decorrência dessa situação, a publicação do Boletim Focus foi adiada para quinta-feira (22).
Conforme o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), pelo menos metade dos servidores aderiu à paralisação.
Essa medida foi aprovada durante uma assembleia realizada em 9 de fevereiro, quando foi rejeitada a proposta do governo de conceder um reajuste de 13%, parcelado para os anos de 2025 e 2026.
Os servidores reivindicam um reajuste de 36% e a reestruturação da carreira.
Além disso, foi decidido que os servidores deveriam renunciar aos cargos comissionados, incluindo cargos de gerência e direção, com o objetivo de causar uma paralisação operacional e burocrática no órgão, como forma de pressionar o governo a atender às demandas da categoria.
O presidente nacional do Sinal, Fábio Faiad, informou que 500 cargos foram entregues, mas a dispensa ainda não foi efetivada pelo Banco Central.
O sindicato acrescenta que 60 adjuntos e consultores estão participando do movimento, e que os chefes de departamento emitiram uma carta de cobrança direcionada à Diretoria Colegiada (DC) do Banco Central.
Os servidores também estão exigindo que o cargo de técnico seja de nível superior, a mudança do nome do cargo de analista para auditor, e a criação de uma retribuição por produtividade institucional, semelhante à existente para os auditores-fiscais da Receita Federal.
Em comunicado, o Sinal alerta que “se a próxima reunião com o MGI (Ministério da Gestão e Inovação), agendada para o dia 21 de fevereiro, não resultar em avanços significativos, haverá um indicativo para a deflagração de uma greve por tempo indeterminado”. 
A Agência Brasil procurou o Banco Central para comentar sobre a paralisação. “Se houver alguma manifestação, vocês serão informados com a presteza necessária”, respondeu a assessoria.











