O homem que matou uma mulher na frente dos filhos em Guaramirim foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por homicídio com quatro qualificadoras – motivo torpe, dissimulação, para assegurar a impunidade de outro crime e feminicídio.
O crime aconteceu entre os dias 23 e 24 de maio de 2024 no bairro Nova Esperança, em Guaramirim.
Juliana Grasiela Pinheiro Wirth, de 40 anos foi atingida com um golpe de faca na região do peito, causando sua morte.
A ação ocorreu por uma suspeita de que a mulher, que morava de aluguel no local dos fatos, havia feito uma denúncia contra ele e sua ex-companheira por crimes contra a filha menor de idade.
O denunciado, acreditando que a vítima havia comunicado os supostos crimes à autoridade policial, disse à ex-companheira que iria “fazer um negócio” e “acabar logo com esses problemas”.
O crime ocorreu na presença do filho dela, uma criança de apenas dois anos.
Após o crime, ele retornou ao local da ação e filmou o corpo da mulher e a criança, que estava acordada ao lado do corpo e nitidamente assustada.
O Promotor de Justiça Wesley da Silva salienta que “o homicídio foi praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino” e que “ele também teria se aproveitado da vulnerabilidade da vítima para a concretização de seu ato criminoso”.
Ele explicou que o recurso utilizado pelo denunciado, no mínimo, dificultou a defesa da vítima, pois entrou em sua residência inicialmente para conversar e, quando verificou que ela estava sozinha com o filho, a atingiu com um golpe de faca.
“Além do motivo torpe, o crime também foi cometido para assegurar a impunidade de outros delitos, já que acreditou que, assim, ela não poderia testemunhar sobre outros os fatos que envolvem violência de gênero, pelos quais está sendo investigado”, ressaltou.